Começar a usar um novo sistema operacional pode ser uma jornada cheia de descobertas e desafios. Para muitos, essa aventura começa com o desejo de explorar alternativas ao Windows ou macOS, buscando um sistema mais personalizável e de código aberto. A migração para Ubuntu, uma das distribuições Linux mais populares, pode ser uma excelente opção para quem quer experimentar um novo mundo da computação.
A história de um entusiasta de tecnologia nos mostra como essa jornada pode ser rica e cheia de aprendizado.
## Uma Longa História com o Linux
No início, o Windows 7 era o sistema operacional preferido em um laptop HP 250. A experiência era satisfatória, mesmo com alguns problemas ocasionais de Wi-Fi e bluetooth, que eram resolvidos com pesquisas no Google e no YouTube.
A paixão por programação começou com Visual Basic 6 no Visual Studio, também no Windows 7. A interface gráfica e a possibilidade de usar ferramentas de arrastar e soltar tornaram a experiência divertida e interessante.
Após alguns meses, o foco mudou para o desenvolvimento web, começando com HTML, CSS e CSS3. O aprendizado veio de plataformas como W3schools e outros fóruns, utilizando editores de código como Notepad, Atom e Notepad++, sendo o Atom o preferido na época.
O estudo de Javascript e a manipulação do DOM (Document Object Model) abriram a mente para o desenvolvimento front-end. A interface visual e o lado do cliente eram os principais interesses, enquanto o back-end ainda parecia um conceito distante.
A atração por aplicativos Android levou a uma mudança para o desenvolvimento de aplicativos Java. A experiência foi desafiadora, mas Java se tornou a primeira linguagem de programação aprendida em profundidade. O uso do Android Studio no laptop, no entanto, era bastante lento.
Com habilidades de pesquisa aprimoradas, foi possível identificar que o disco rígido (HDD) era o gargalo do sistema. A solução foi substituir o DVD por um SSD, o que melhorou significativamente o desempenho do laptop.
Apesar dos problemas de desempenho resolvidos, a máquina ainda enfrentava muitos vírus e malwares. A busca por soluções de segurança levou a um interesse crescente em artigos, fóruns e documentação sobre vírus, segurança e hacking (tanto ofensivo quanto defensivo).
Kali Linux: A Porta de Entrada para a Segurança
A observação de especialistas em segurança utilizando sistemas como o Kali Linux despertou a curiosidade. As pesquisas sobre hacking, pentesting e quebra de hashes se intensificaram, e logo surgiu a decisão de experimentar o Kali Linux em uma máquina virtual (Virtualbox).
A experiência no laptop não foi das melhores, mas o aprendizado sobre o terminal, segurança e ferramentas de hacking foi valioso. Esse contato inicial incentivou a busca por mais informações sobre Linux, código aberto, libre software e sistemas operacionais em geral, começando com UNIX e MINIX.
A partir daí, a decisão de fazer um dualboot com Windows 7 e Ubuntu surgiu como uma forma de obter melhor desempenho e experiência prática. O Ubuntu Linux logo se tornou o sistema operacional preferido.
Com o amadurecimento no desenvolvimento de software e um conhecimento mais profundo sobre Linux e código aberto, a decisão de migrar completamente para o Ubuntu foi inevitável.
Todos os arquivos pessoais foram movidos para um pendrive e para o Google Drive, enquanto outros foram mantidos no disco rígido do laptop. O SSD foi formatado e o Ubuntu foi instalado, marcando o início de uma nova fase.
## Distrohopping: A Busca Pela Distribuição Perfeita
Com o tempo, surgiram alguns problemas no Ubuntu, o que levou à busca por outras distribuições Linux. A primeira tentativa foi instalar o Kali Linux diretamente no hardware, mas a experiência foi tão ruim que o Ubuntu foi reinstalado em apenas dois dias.
Linux Mint: Uma Tentativa Lenta
O Linux Mint surgiu como uma opção promissora, mas a experiência foi decepcionante. Apesar de ser bom, o sistema se mostrou lento e com lags em comparação com o Ubuntu, algo que não era compreendido na época.
“Eu Uso Arch, Aliás…”
A curiosidade e a fama do Arch Linux levaram a uma tentativa de instalação. Durante um feriado de 15 dias, a instalação do Arch se tornou um projeto estressante, consumindo dias e noites em pesquisas e configurações. Após mais de uma semana, a decisão foi voltar para algo mais prático, mas o conhecimento adquirido sobre a arquitetura de software de baixo nível foi valioso.
De Volta ao Ubuntu
Após a experiência com o Arch, o Ubuntu foi reinstalado, trazendo de volta a familiaridade e a estabilidade.
Kubuntu: Ubuntu com KDE Plasma
A experiência de testar diferentes distribuições gerou uma sensação de aventura e descoberta. A curiosidade sobre o KDE (mais tarde chamado Plasma desktop) levou à instalação do Kubuntu, que é o Ubuntu com o ambiente KDE. As inúmeras opções de personalização, no entanto, acabaram gerando uma certa confusão.
A personalização constante, a instalação de aplicativos e a tentativa de redesenhar a interface para se parecer com o Ubuntu, Windows 7 e até MacOS (OS X) consumiram muito tempo e energia.
De Volta ao Ubuntu, Novamente
Após dez noites de experimentação, o ciclo de personalização foi abandonado e o Ubuntu com GNOME foi reinstalado. O foco voltou para o desenvolvimento de software (web e mobile), e o Ubuntu se mostrou uma escolha sólida.
Clear Linux OS
Um artigo sobre uma distribuição Linux otimizada pela Intel chamou a atenção. O Clear Linux OS foi instalado e a performance impressionou. O sistema era rápido e o ambiente GNOME agradável. Apesar do número limitado de pacotes, a inclusão do Flathub garantia acesso aos programas Linux mais populares.
A experiência, no entanto, não durou muito. Após um mês, um problema de atualização causou a quebra do sistema. A solução foi encontrada após uma longa noite de trabalho, revelando um problema com pacotes mais antigos do que o esperado.
De Volta ao Amado Ubuntu
O retorno ao Ubuntu trouxe uma sensação de gratidão e satisfação. O sistema se mostrou valioso, estável e produtivo.
Elementary OS
Um vídeo no YouTube sobre uma distribuição Linux com visual semelhante ao MacOS e foco na experiência do usuário despertou o interesse. O Elementary OS, baseado no Ubuntu com o ambiente Pantheon e uma loja de aplicativos com política de “pague o quanto puder”, parecia promissor.
A experiência inicial foi positiva, apesar de ser um pouco mais lento que o Ubuntu e o Clear Linux OS. A interface limpa e a boa experiência do usuário foram pontos positivos. No entanto, a pequena quantidade de aplicativos na loja era um problema para muitos usuários.
O editor de código básico, mas funcional, e o potencial da distribuição foram ofuscados por erros e problemas com atualizações e programas instalados.
Debian
A constatação de que o Ubuntu é baseado no Debian levantou a questão: por que não usar o Debian diretamente?
A instalação do Debian, no entanto, trouxe problemas com drivers de dispositivos, reprodução de vídeos e codecs proprietários, além de um desempenho inferior ao do Ubuntu. A experiência foi decepcionante, mas aumentou a valorização pelo Ubuntu.
Pop!_OS
A busca por algo além do Ubuntu levou à descoberta do Pop!_OS, uma distribuição baseada no Ubuntu e mantida pela System76.
Apesar de ser estável, a interface do usuário começou a travar aleatoriamente após alguns dias de uso. O dock/painel congelava, enquanto o restante do sistema continuava funcionando normalmente. A visão da System76 era interessante, mas o produto em si deixou a desejar.
Manjaro
A busca por outras opções levou ao Manjaro. A interface do usuário, especialmente as cores e o tema do terminal, agradaram, mas a distribuição se mostrou instável e cheia de problemas.
Fedora
Apesar da boa reputação, o Fedora não impressionou. Problemas com drivers de dispositivos e dificuldades na instalação e atualização de programas foram os principais obstáculos.
Zorin OS
O Zorin OS, com seu visual atraente, não se mostrou uma boa opção para uso diário. A aparência era boa, mas a funcionalidade e a estabilidade deixaram a desejar.
Parrot OS
O Parrot OS, focado em segurança e similar ao Kali Linux, não agradou. A decisão de testar outra distribuição foi tomada em menos de dois dias.
De Volta ao Ubuntu: A Escolha Final
Após testar diversas distribuições Linux, a decisão de voltar para o Ubuntu foi definitiva. A estabilidade e a familiaridade do sistema permitiram focar nos estudos e na carreira de desenvolvimento de software.
A percepção sobre a experiência do usuário no Ubuntu com GNOME melhorou significativamente.
## O Rito de Customização
A customização do GNOME com extensões se tornou uma obsessão. A interface foi redesenhada para se parecer com o Pantheon, MacOS e até para adotar um visual minimalista com um gerenciador de janelas tiling.
A busca constante pela otimização da experiência do usuário e do fluxo de trabalho levou à perda no mundo da customização.
A instalação de diversos ambientes de trabalho no mesmo Ubuntu gerou muitos problemas, incluindo a impossibilidade de inicializar o sistema.
Após dois meses de loucura, a clareza sobre o que realmente importava surgiu.
A pergunta crucial era: por que customizar tanto?
Por que tantas mudanças?
Por que usar KDE ou GNOME?
O que realmente importava? Qual era o propósito?
## Recuperação e Crescimento
A experiência com diversas distribuições Linux trouxe clareza e maturidade. Algumas regras e diretrizes foram estabelecidas para a escolha do sistema operacional ideal.
A lista incluía:
1. Histórico de pelo menos 10 anos.
2. Uso por milhões de pessoas, garantindo testes em diversas configurações de hardware.
3. Dock de aplicativos montado à esquerda.
4. Barra superior.
5. Gestos no touchpad semelhantes aos do MacOS, Elementary OS e Pop!_OS.
6. Desempenho e eficiência para uso diário.
7. Preferência por gerenciador de pacotes APT (baseado em Debian ou Ubuntu).
8. Estabilidade em vez de recursos de última geração.
A escolha recaiu sobre o GNOME como ambiente de trabalho, com apenas a necessidade de mover o dock para a esquerda. A comparação entre Elementary OS, Pop!_OS, Ubuntu e NixOS levou à escolha do Ubuntu.
O Ubuntu continua sendo o sistema operacional preferido, e a experiência tem sido excelente. O Ubuntu passou no teste do tempo, é usado por milhões de pessoas e oferece um ótimo desempenho. O GNOME oferece uma barra superior e um dock de aplicativos, e o gerenciador de pacotes APT é eficiente. A versão LTS (Long Term Support) garante estabilidade a longo prazo.
O foco agora está nos programas, nas ferramentas de software, no gerenciamento do tempo e em outras áreas importantes. A jornada de aprendizado sobre GNU Linux e suas distribuições foi mais do que suficiente.
A migração para Ubuntu pode ser uma jornada transformadora para quem busca um sistema operacional estável, personalizável e com uma grande comunidade de suporte. A experiência de explorar diferentes distribuições Linux, personalizar a interface e encontrar o sistema ideal pode ser desafiadora, mas também muito gratificante. Se você está pensando em dar o primeiro passo, Ubuntu pode ser o caminho certo para você.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Dev.to